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10 Dicas Narrativas para Discutir a Amazônia em Tempos de COP - Versão Final
By Iván Sawyer García Posted in Amazonas, Português, Pueblos Indígenas on 16 noviembre, 2025 0 Comments
Previous 10 Consejos Narrativos para Hablar de la Amazonía en Tiempos de COP Next

Um guia prático para jornalistas e ativistas climáticos baseado em declarações oficiais de organizações indígenas

O que você diz sobre a Amazônia revela mais do que você pensa. E pode estar sabotando a sobrevivência do planeta.

Imagine isto: há territórios na Amazônia onde apenas 5,8% da floresta foi destruída. Durante esses mesmos anos, as “áreas protegidas” gerenciadas por governos perderam entre 20-30% de sua vegetação.

A diferença? Os primeiros são governados por povos indígenas. Os segundos, por “especialistas internacionais.”

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A comunidade Huni Kuin se reúne em uma dança cerimonial na Aldeia Novo Futuro, preservando as tradições vivas que têm guiado o cuidado da floresta por gerações. (Foto: Ivan Sawyer García)
Frotilha Amazônica, 2025. Delegados indígenas se preparando para a COP30 em Belém. (Foto: Ivan Sawyer García)

Neste novembro, mais de 3.000 líderes indígenas chegarão a Belém, Brasil, para a COP30—a cúpula climática mais importante do ano. São 25 vezes mais participação indígena do que na COP26.

Mas aqui está a contradição brutal: enquanto o Brasil se posiciona como líder climático global, seu Congresso acabou de aprovar o Projeto de Lei 2159/21 que ameaça 121 territórios indígenas.

É como queimar uma biblioteca enquanto você se declara especialista em literatura.

As palavras que usamos não são inocentes. Estão construindo o mundo—ou destruindo-o.

Este artigo é baseado no Amazon Climate Communication Toolkit: Decolonial Media Guide. Baixe o guia completo gratuitamente AQUI.

Comunicadores indígenas construindo as estratégias narrativas que transformarão a cobertura da COP30. (Foto: Iván Sawyer García)

Aqui estão as 10 transformações de linguagem que podem mudar tudo. Não se trata de ser “politicamente correto”. São mudanças estrategicamente necessárias. E os dados as sustentam.

Transformações Narrativas Fundamentais
1. De “Tribos Indígenas” ou “Grupos Indígenas” para Terminologia Específica por País/Contexto

❌ NUNCA usar: “Tribos indígenas”

❌ Evitar: “Grupos indígenas”

✅ Usar: Terminologia específica segundo país e contexto legal

Evidência: Os termos corretos variam segundo marcos legais conquistados por movimentos indígenas:

EQUADOR: “Nacionalidades indígenas” (termo constitucional oficial)

  • Exemplo: “A nacionalidade A’i Cofán,” “As nacionalidades amazônicas”
  • Por que: A Constituição equatoriana (2008) reconhece “nacionalidades” com direito à autodeterminação

BRASIL: “Povos indígenas,” “Povos originários,” “Povos e comunidades tradicionais”

  • Exemplo: “Os povos indígenas da Amazônia,” “As comunidades tradicionais”
  • Por que: Decreto 6.040/2007 reconhece esta diversidade (inclui quilombolas, ribeirinhos, extrativistas)

BOLÍVIA: “Nações e povos indígenas originários campesinos”

  • Exemplo: “As nações e povos indígenas originários campesinos”
  • Por que: Constituição de 2009, Art. 30

COLÔMBIA: “Povos indígenas” ou “Comunidades indígenas”

PERU: “Comunidades nativas” (Amazônia), “Comunidades campesinas” (Andes)

CONTEXTO INTERNACIONAL: “Povos indígenas da Bacia Amazônica,” “+266 nações indígenas amazônicas”

REGRA DE OURO: Use sempre o nome específico da nação/povo:

  • ✅ “O povo Yanomami”
  • ✅ “A nacionalidade Shuar”
  • ✅ “A comunidade nativa Shipibo-Konibo”

Por que isso importa:

“Tribo” é um termo colonial que infantiliza e nega sofisticação política. “Grupo” apaga autoridade governamental. Usar a terminologia correta segundo o país:

  • Respeita marcos legais conquistados
  • Reconhece diversidade de status legal
  • Fortalece argumentos políticos específicos
Músicos Huni Kuin, Aldeia Novo Futuro. Liderança cultural em ação. (Foto: Ivan Sawyer García)
2. De “Grupos Indígenas” para “Autoridades Climáticas”

❌ Evitar: “Os grupos indígenas participarão da COP30”

✅ Usar: “As maiores autoridades climáticas exercem liderança na COP30”

Evidência: Toya Manchineri, coordenador da COIAB: “As maiores autoridades climáticas somos nós, os guardiões da Terra, os líderes indígenas.”

O Relator Especial da ONU (agosto de 2025) confirma que 91% dos territórios indígenas mantêm bom estado ecológico vs. degradação continuada sob abordagens de “apenas-consulta”.

Por que isso importa:

Quando você diz “grupos,” os converte em uma voz entre muitas partes interessadas. Mas eles não são “apenas outra voz”. São autoridades com sistemas governamentais comprovados ao longo de milênios que mantêm 91% de seus territórios intactos.

3. De “Participantes da COP” para “Mesmo Poder que Chefes de Estado”

❌ Evitar: “Permitir participação indígena na COP30”

✅ Usar: “Os líderes indígenas têm voz e poder iguais aos Chefes de Estado”

Evidência: Declaração oficial de povos indígenas da Amazônia, Pacífico e Austrália (abril de 2025):

“Que os líderes das comunidades indígenas e locais tenham igual voz e poder que Chefes de Estado na COP30, com a mesma legitimidade, poder de decisão e respeito que as representações dos países.”

Por que isso importa:

Não se trata de “incluir” ou “permitir.” Os +3.000 delegados indígenas na COP30 representam sistemas governamentais que demonstram superioridade empírica em conservação. A pergunta não é “podem participar?” mas “quando terão o poder de decisão que seus resultados merecem?”

Soberania indígena no coração do capitalismo global. Mapu Huni Kuin, Times Square, Nova York. (Foto: Iván Sawyer García)
4. De “Pulmão do Planeta” para “Ecossistema Vivente”

❌ Evitar: “A Amazônia, pulmão do planeta”

✅ Usar: “Ecossistema vivente amazônico” / “A Amazônia como ecossistema vivente”

Evidência: A Bacia Amazônica possui +266 povos indígenas (391 povos só no Brasil), comunidades quilombolas e povos extrativistas que mantêm relações territoriais milenares. O enquadramento “pulmão” converte ecossistemas em serviços para a humanidade. “Ecossistema vivente” reconhece sistemas de reciprocidade territorial que sustentaram a biodiversidade por milênios com resultados superiores: 5,8% vs 20-30% de desmatamento.

Por que isso importa:

Quando você diz “pulmão do planeta,” você está:

  • Justificando intervenção externa: Se é um “bem global,” qualquer um pode reivindicar autoridade de gestão
  • Apagando autoridade territorial: Converte territórios com governança legítima em “patrimônio comum”
  • Convertendo vida em serviço: Reduz ecossistema a função extrativa para humanos

“Ecossistema vivente” reconhece que a Amazônia não é um recurso para gestão externa—é um território com relações de reciprocidade mantidas por povos que demonstram resultados empiricamente superiores.

Aldeia Novo Futuro, território Huni Kuin. Um ecossistema vivo governado por nações interdependentes cujos modelos mantêm a floresta viva — não preservada, mas gerida ativamente por meio de uma governança indígena comprovada.” (Foto: Ivan Sawyer García)
5. De “Consulta a Partes Interessadas” para “CLPI Vinculante”

❌ Evitar: “Consultar comunidades indígenas”

✅ Usar: “Reconhecer soberania territorial com Consentimento Livre, Prévio e Informado vinculante”

Evidência: Declaração Pré-COP Indígena da COICA (outubro de 2025, Brasília):

“Garantir salvaguardas e CLPI vinculante em todas as decisões de mitigação, adaptação, transição energética e biodiversidade.”

Documentos governamentais brasileiros usam sistematicamente “participação” evitando “soberania.” Correlação direta:

  • Linguagem de consulta = degradação continuada (20-30% de desmatamento)
  • Reconhecimento de soberania = proteção (91% dos territórios intactos)

Por que isso importa:

“Consulta” significa: “Perguntamos sua opinião, depois fazemos o que queremos.”

“Consentimento vinculante” significa: “Sem sua aprovação, o projeto não avança. Ponto final.”

A diferença é vida ou morte para territórios.

Uma mobilização fluvial histórica leva as autoridades territoriais até a porta da COP30. Não para participar das negociações, mas para garantir que essas negociações respondam àqueles cujos resultados merecem poder de decisão. Cacique Raoni Metuktire, Belém, 12 de novembro de 2025. (Foto: Carlos Ernesto Cano)
6. De “Apoio a Comunidades” para “Financiamento Direto Sem Intermediários”

❌ Evitar: “Alocar fundos climáticos para povos indígenas”

✅ Usar: “Financiamento direto a organizações indígenas sem intermediários”

Evidência: Exigência oficial da COICA na Pré-COP Indígena:

“Exigir financiamento direto e simplificado às organizações indígenas.”

O financiamento climático a comunidades indígenas é de $517 milhões anuais. Mas isso representa menos de 1% do financiamento climático global, e a maioria passa por intermediários que retêm até 80% dos fundos.

Por que isso importa:

Não se trata de “receber dinheiro”. Trata-se de:

  • Controle sobre mecanismos: Quem decide quais projetos são financiados
  • Eliminação de intermediários: Governos e ONGs que retêm fundos
  • Autoridade sobre mensuração: Quem define o sucesso

Povos indígenas gerenciam 25% da superfície terrestre com biodiversidade superior enquanto recebem menos de 1% do financiamento. O problema não é capacidade—é estrutura colonial de poder.

“HIDROVIA NÃO!” Coalizão de autoridades territoriais que se opõem às falsas soluções climáticas. O Cacique Raoni Metuktire e líderes indígenas na coletiva de imprensa da Frotilha Amazônica, em Belém. (Foto: Iván Sawyer García)
7. De “Conservação” para “Territórios como Solução Climática Baseada em Direitos”

❌ Evitar: “Soluções baseadas na natureza com participação indígena”

✅ Usar: “Reconhecer os territórios indígenas como solução climática e de biodiversidade baseada em direitos”

Evidência: Posição oficial da COICA para COP30:

“Reconhecer os territórios indígenas como solução climática e de biodiversidade baseada em direitos.”

Territórios indígenas armazenam 340 milhões de toneladas de CO₂. Não são “áreas de conservação”—são sistemas governamentais ativos com resultados superiores.

Por que isso importa:

“Conservação” soa como museus—preservar algo estático. Territórios indígenas não estão “conservando” em sentido passivo. Estão governando ativamente com sistemas de gestão que geram resultados superiores a qualquer modelo estatal.

O enquadramento de “solução climática baseada em direitos” reconhece:

  • Autoridade governamental ativa, não preservação passiva
  • Direitos territoriais como base, não benefício opcional
  • Sistemas comprovados com mais de 2 mil anos de resultados
“Somos a resposta.” Territórios indígenas: 34,1 bilhões de toneladas métricas de carbono armazenado, 91% de proteção florestal. Frotilha Amazônica rumo à COP30, 2025. (Foto: Carlos Ernesto Cano)
8. De “Afetados pela Crise” para “A Resposta Somos Nós”

❌ Evitar: “Populações indígenas vulneráveis às mudanças climáticas”

✅ Usar: “A resposta somos nós”

Evidência: “A Resposta Somos Nós” é o lema oficial da COIAB para a COP30 e o tema do Acampamento Terra Livre 2025.

Posição Oficial dos Povos Indígenas Amazônicos (OTCA 2025):

“Nossos modos de vida já oferecem soluções concretas para enfrentar as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade com justiça e eficácia.”

Por que isso importa:

“Vulnerável” posiciona os povos indígenas em vítimas precisando de salvação. Mas os dados contam outra história de superioridade técnica verificável com orçamentos infinitamente menores.

“A resposta somos nós” reconhece:

  • Agência ativa, não vitimização passiva
  • Soluções existentes, não dependência de “especialistas”
  • Liderança climática, não necessidade de resgate
Não são “patrimônio comum da humanidade”, mas territórios de vida sob governança indígena. Huni Kuin, Aldeia Novo Futuro. (Foto: Iván Sawyer García)
9. De “Patrimônio Comum Global” para “Territórios de Vida”

❌ Evitar: “A Amazônia como patrimônio comum da humanidade”

✅ Usar: “Territórios de vida para povos indígenas”

Evidência: Jammer Manihuari, vice-coordenador da COICA:

“A Amazônia não é uma zona de sacrifício, é território de vida para os povos indígenas e pilar essencial para o equilíbrio climático do planeta.”

A COP30 terá a maior participação indígena na história das COPs. A campanha “A Resposta Somos Nós” posiciona as vozes indígenas no centro dos debates e soluções. A Comissão Internacional Indígena tem status oficial.

Por que isso importa:

“Patrimônio comum da humanidade” parece bonito. Mas é colonialismo verde.

A Amazônia não pertence a toda a humanidade. Pertence às mais de 266 nações que a mantiveram de pé por milhares de anos enquanto o resto do mundo colapsava seus ecossistemas.

A contradição brutal da COP30: O Brasil promete posicionar vozes indígenas no centro enquanto seu Congresso aprova o Projeto de Lei 2159/21— “o PL da Devastação”, ameaçando 121 territórios indígenas.

Liderança indígena com peso político real, não uma inclusão simbólica em decisões tomadas por outros. A Aldeia Novo Futuro representa uma autoridade territorial que alcança o que as negociações globais prometem. (Foto: Iván Sawyer García)
10. De “Incluir Indígenas” para “Círculo de Liderança Indígena com Peso Político Real”

❌ Evitar: “Incluir vozes indígenas nas decisões”

✅ Usar: “Círculo de Liderança Indígena com impacto político concreto, não simbólico”

Evidência: Declaração da COIAB sobre o Círculo de Liderança Indígena anunciado para COP30:

“Não queremos uma instituição meramente simbólica e performativa, sem impacto político concreto. Ninguém mais tem o privilégio de esperar que as promessas se tornem fatos no futuro: nossas vidas estão em risco agora.”

A presidência brasileira da COP30 propôs a criação do Círculo de Liderança Indígena, coordenado pelo Ministério dos Povos Indígenas sob liderança da ministra Sonia Guajajara.

Por que isso importa:

Não se trata de “dar voz.” Trata-se de reconhecer que a autoridade sobre territórios inclui autoridade sobre narrativas e decisões territoriais.

O Círculo de Liderança não pode ser:

  • ❌ Espaço de consulta sem poder de decisão
  • ❌ Instância simbólica para legitimar decisões já tomadas
  • ❌ Participação performática sem impacto real

Deve ser:

  • ✅ Autoridade com poder de veto sobre decisões territoriais
  • ✅ Legitimidade igual às representações de países
  • ✅ Impacto político mensurável e verificável
Líderes culturais da Aldeia Novo Futuro demonstram que a governança indígena não é apenas política: é autoridade cultural, espiritual e territorial funcionando como um único sistema. (Foto: Iván Sawyer García)
Guia de Início Rápido: O Que Fazer HOJE

Para Jornalistas:

“Prometeram cuidar da Amazônia e esqueceram de cuidar de seus guardiões.” Delegado indígena na Frotilha Amazônica exigindo que a COP30 enfrente essa contradição. (Foto: Iván Sawyer García)

Teste de linguagem antes de publicar:

  • Você está usando “consulta” ou “CLPI vinculante”?
  • “Grupos” ou “autoridades climáticas”?
  • “Conhecimento tradicional” ou “sistemas de governança com superioridade comprovada”?
  • Você usou o termo correto segundo país (nacionalidades/povos/comunidades)?

Cite especificamente:

  • Não “líderes indígenas” genéricos— e sim nomes, nações e territórios específicos
  • Verifique autoidentificação: Como eles se chamam?
  • Use o nome específico do povo (Yanomami, Shuar, Kayapó)

Contate autoridades territoriais ANTES da cobertura:

  • Busque consentimento sem coerção
  • Forneça divulgação completa sobre uso da informação
  • Respeite direitos de retratação
  • Estabeleça relações sustentadas além da cobertura individual
Para Organizações:

Audite sua linguagem sistematicamente:

  • Buscar/substituir: “participação” → “autoridade”
  • Buscar/substituir: “grupos” → “povos” ou “nacionalidades”
  • Buscar/substituir: “conhecimento tradicional” → “sistemas com resultados superiores”

Crie posições reais com poder:

  • Não use “consultoria indígena”—use autoridade editorial com poder de veto
  • Estabeleça escritórios indígenas dedicados
  • Exija autoridade indígena em decisões territoriais

Redistribua receita eticamente:

  • Se você gera conteúdo sobre territórios, quem se beneficia economicamente?
  • Modelos de co-propriedade com acordos de compartilhamento de recursos
Para Ativistas Climáticos:
Jovens indígenas na Frotilha Amazônica. A próxima geração viajando para a COP30 para exigir justiça climática. (Foto: Iván Sawyer García)

Teste antes de compartilhar:

  • Este conteúdo posiciona indígenas como autoridades ou beneficiários?
  • Reforça enquadramentos coloniais ou decoloniais?
  • Usa terminologia correta segundo o país?

Amplifique fontes primárias:

  • Compartilhe mídia indígena diretamente (COICA, APIB, COIAB)
  • Não faça apenas cobertura sobre eles—compartilhe conteúdo criado POR eles

Conecte lutas:

  • Soberania territorial + justiça climática = mesma batalha
Protocolo de Crise: Corrigindo Enquadramentos Coloniais em Tempo Real

🚨 Enquadramento colonial detectado:

“A Amazônia como bem comum global requer gestão internacional”

Correção imediata:

“Territórios amazônicos são territórios indígenas com sistemas de governança que demonstram 91% de eficácia em manter boas condições ecológicas. O apoio internacional deve fortalecer a autoridade territorial indígena, não substituí-la.”

Marco de Medição: Transformação Narrativa Verificável

📊 Indicadores imediatos (durante a COP30):

  • Frequência “soberania territorial” vs “consulta a partes interessadas” na cobertura midiática
  • Atribuição específica a autoridades territoriais vs “líderes indígenas” genéricos
  • Uso de terminologia correta segundo país
  • Inclusão de dados governamentais indígenas vs apenas elementos culturais

📈 Indicadores de médio prazo (3-6 meses):

  • Políticas editoriais adotando linguagem de soberania em mais de 3 meios
  • Documentos de políticas citando modelos de governança indígenas
  • Mecanismos de financiamento exigindo consentimento indígena vinculante

🎯 Indicadores de transformação sistêmica (12-18 meses):

  • Emendas constitucionais incluindo autoridade territorial indígena em mais de 2 países
  • Protocolos de financiamento climático incorporando aprovação indígena
  • Reconhecimento do Círculo de Liderança Indígena como instância com poder real
Objetivo Final

🎯 Transformar a COP30 de espetáculo extrativo para jornalismo de soberania territorial.

Este kit de ferramentas é baseado em declarações oficiais da COICA, APIB, COIAB e 18 meses de pesquisa sobre enquadramentos narrativos, correlação político-ambiental e documentação de modelos bem-sucedidos de autoridade editorial indígena.

Comunicadores indígenas construindo as estratégias narrativas que transformarão a cobertura da COP30. (Foto: Ivan Sawyer García)
ℹ️ Sobre Futuro Amazonia

Futuro Amazonia é uma iniciativa de estratégia narrativa dedicada a transformar a soberania territorial indígena amazônica de uma demanda marginalizada em uma necessidade reconhecida de infraestrutura climática. Fundados no princípio de que os povos indígenas possuem sistemas de governança milenares com resultados de conservação empiricamente comprovados, aplicamos estratégia narrativa para desafiar estruturas coloniais no discurso e nas políticas climáticas.

Próxima geração, Aldeia Novo Futuro. Onde o conhecimento é transmitido por meio da prática viva. (Foto: Ivan Sawyer García)

Futuro Amazonia é fiscalmente patrocinada pela Weaving Worlds Inc e pelo Esperanza Project. O Kit de Comunicação Climática da Amazônia foi desenvolvido com o apoio e em colaboração com Weaving Worlds Inc, Mídia Indígena e Culture Hack Labs.

Weaving Worlds Inc. é uma organização isenta de impostos 501(c)(3). Sua doação para apoiar este projeto é dedutível de impostos de acordo com as diretrizes da lei dos EUA. Todas as doações são usadas para promover os propósitos isentos da organização.

Comunicadores indígenas construindo as estratégias narrativas que transformarão a cobertura da COP30. (Foto: Ivan Sawyer García)

Saiba mais: https://futuroamazonia.net/

Créditos: Design do Kit: Sol Terena (@grafismosindigena)

Contato: [email protected]

Licença: Creative Commons Share-Alike 4.0 para máxima distribuição e adaptação.

“As maiores autoridades climáticas somos nós, os guardiões da Terra, os líderes indígenas.”

— Toya Manchineri, Coordenador COIAB

“A resposta somos nós. Todos nós!”

— Lema oficial indígena na COP30

Fontes e Verificação

📖 Documentação oficial:

Reflexão sobre a jornada rumo à COP30. A Frotilha Amazônica percorrendo 3.000 quilômetros levando soluções climáticas indígenas. (Foto: Ivan Sawyer García)

Declarações Indígenas para COP30:

  • Pré-COP Indígena da COICA (Brasília, outubro de 2025)
  • Declaração conjunta Amazônia-Pacífico-Austrália (abril de 2025)
  • Posição Oficial dos Povos Indígenas da Região Amazônica, V Cúpula OTCA (2025)
  • Declaração NDC Indígena da APIB (agosto de 2025)

Marcos Legais Internacionais:

  • Relator Especial da ONU sobre Direitos dos Povos Indígenas (agosto de 2025)
  • Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, art. 19 (CLPI), art. 31
  • Convenção 169 da OIT, art. 1(2) (autoidentificação como critério fundamental)

🔬 Pesquisa acadêmica:

  • Ecology & Society (2024): paradigmas científicos coloniais e enquadramentos de “vulnerabilidade”
  • Dados de desmatamento: RAISG 2024
  • Análise Mongabay cobertura COP26-COP29

🏆 Modelos bem-sucedidos verificados:

  • Mongabay: Escritório indígena, +8 histórias mensais, protocolos de terminologia
  • High Country News: “Por, de e para audiências indígenas”
  • Democracy Now!: Amplificação direta da voz indígena
  • Guardian: Liderança editorial indígena (Lorena Allam)

Iván Sawyer García

Amazônia COP


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